Texto: Jéssica Alves
Muitas pessoas utilizam a internet para compartilhar experiências, discutir temas políticos e sociais e, também, para disseminar ideias em torno de um objetivo em comum. Os meios eletrônicos de comunicação tem sido um intermédio para que estes indivíduos organizem protestos e componham o cenário do ciberativismo.
Muitas pessoas utilizam a internet para compartilhar experiências, discutir temas políticos e sociais e, também, para disseminar ideias em torno de um objetivo em comum. Os meios eletrônicos de comunicação tem sido um intermédio para que estes indivíduos organizem protestos e componham o cenário do ciberativismo.
Entende-se
por ativismo digital ou ciberativismo segundo Irley David Fabricio da Silva e Cláudio
Cardoso de Paiva no artigo Ciberativismo e democracia nas redes sociais, um
espaço de reivindicações e direitos, como: "A utilização da internet (e
outras hipermídias) por movimentos politicamente engajados nas lutas contra
injustiça e exclusão que ocorrem também na própria rede".
O ciberativismo
teve o seu marco inicial, em 1994, quando ocorreu o movimento Zapatista no
México. O grupo era formado por
camponeses e indígenas mexicanos que defendiam mais democracia no país. Esses militantes foram os primeiros a utilizarem a internet como ferramenta de mobilização. O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN)
durante o movimento, liberou presos da região e protestaram contra o poder do
Estado.
Lívia Moreira de Alcântara, em Ciberativismo: mapeando discussões, conta que o exercito Zapatista difundiu uma espécie de corrente de rebeldia eletrônica. "Algumas ações como a ocupação de espaços públicos começaram a ser transposta para o ambiente digital, configurando um novo tipo de desobediência civil, a eletrônica".
Lívia Moreira de Alcântara, em Ciberativismo: mapeando discussões, conta que o exercito Zapatista difundiu uma espécie de corrente de rebeldia eletrônica. "Algumas ações como a ocupação de espaços públicos começaram a ser transposta para o ambiente digital, configurando um novo tipo de desobediência civil, a eletrônica".
Conforme Rebeca Freitas Cavalcante em ciberativismo: como as novas formas de comunicação estão a
contribuir para a democratização da comunicação, o ativismo digital se
fortaleceu com o fim do movimento Zapatista e abriu portas para que ONGs como Greenpeace, PeaceNet e Anistia
Internacional começassem a usar os meios para chamar a atenção, também, para
suas causas.
Brasil 2013: Ano de protestos
O protesto no Brasil
em 2013 foi um exemplo de como o ciberativismo tem crescido no país. A manifestação
ocorreu, inicialmente, por conta do aumento na tarifa de ônibus em São Paulo,
mas, logo espalhou-se por outros estados do Brasil. Várias pessoas
reivindicavam melhorias na educação, transporte público e, principalmente, lutavam
pelo fim da corrupção.
O movimento teve
a sua origem inicialmente na internet e mobilizaram as pessoas a irem protestar
na ruas. Alguns brasileiros criaram grupos nas redes sociais para
programarem manifestações e, assim, disseminar ideias que difundissem uma mudança
política. A reivindicação ocorrida no Brasil em 2013, também, motivaram brasileiros que vivem no exterior para protestarem. Isso chamou a atenção de grandes mídias internacionais como o
jornal New York Times.
Foto: Protesto no Brasil 2013/ Reprodução
O ciberativismo está
sendo ampliando no mundo. A prova disso consiste em vários outros protestos feitos na
internet como, por exemplo, na China. Os estudantes de Hong Kong reivindicavam
e expressaram sua opinião em pró da democracia no país. Alguns dos alunos que postaram na internet mensagens de apoio
aos manifestantes foram presos.
Audiovisual: um
pivô para o ciberativismo
Hoje a internet
é uma chave para compartilhar campanhas e reunirem pessoas para promoverem mudanças na realidade social dos países. Outros meios de comunicação como o
rádio ou o jornal impresso limitavam a grande difusão de opiniões comparada a web.
Vários internautas participam de fóruns, criam vídeos e os disponibilizam no youtube para trocarem de informações, expressar e compartilhar
opiniões. Eles são identificados como anonymous e são alguns militantes com conhecimentos avançados de programação. Contudo, segundo o Jornalista Renato Rovai, no Portal Forum, algumas pessoas que fazem parte do grupo anonymos são cidadãos comuns na espera por melhorias públicas.
Em entrevista ao portal Forum, uma militante com pseudônimo Farfalla relatou: “Eu, por exemplo, sou escritora, redatora e estou na faixa dos 30 anos. Normalmente não dizemos nossa idade, mas estou lhe revelando para tirar o mito de que somos adolescentes. Isso não é verdade. Para você ter uma ideia, não sei nada de informática, sou uma leiga”, contou.
Em detrimento dos fatos mencionados, percebe-se que o ciberespaço é um extenso recurso para que todos possam protestar ou compartilhar princípios que consideram convenientes. Portanto, o ativismo digital é um grande marco para uma possível transformação da realidade social.
Em entrevista ao portal Forum, uma militante com pseudônimo Farfalla relatou: “Eu, por exemplo, sou escritora, redatora e estou na faixa dos 30 anos. Normalmente não dizemos nossa idade, mas estou lhe revelando para tirar o mito de que somos adolescentes. Isso não é verdade. Para você ter uma ideia, não sei nada de informática, sou uma leiga”, contou.
Em detrimento dos fatos mencionados, percebe-se que o ciberespaço é um extenso recurso para que todos possam protestar ou compartilhar princípios que consideram convenientes. Portanto, o ativismo digital é um grande marco para uma possível transformação da realidade social.
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